segunda-feira, 27 de julho de 2015

O fenômeno não para


Emicida, que mudou a cara do rap no cenário nacional, e vem de um cd quase que perfeito "O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui", com ótimas músicas como o hit Levanta e Anda, ou como a fantástica letra inspirada no pai  Crisântemo que teve participação de Dona Jacira, ou na deliciosa letra que foi inspirada em "filhas" Sol de Giz de Cera com participação de Tulipa Ruiz, Hoje Cedo com participação da consagrada roqueira Pitty e a engraçada e bem bolada Trepadeira, entre outras, agora lançou mais três músicas que contemplarão um novo ep fruto de sua viagem a Africa.

E esse post é pra falar nesses 3 hits novos que brotaram na internet, Boa Esperança, Mufete e Passarinhos.

Boa Esperança chama muita atenção com o clip, muito bem produzido. A batida nem é tão diferenciada assim mas a letra é forte, impõe toda a dificuldade que algumas classes passam, quanta reprovação, quanta humilhação... incita até a violência, implica uma virada de mesa, a hora de que, mesmo que implícito ou explicito pararmos de sermos demagogos e julgar o outro por ser diferente.  "...Nóiz quer ser dono do circo cansamos da vida de palhaço..."




Mufete também tem um clipe muito bem feito, a batida começa com um som de guitarra misturada a batida de rap e depois uma mistura de um pouco de samba, a música em si quer falar de Africa, mas entendi que não é só isso que ela quer dizer... pra mim ela fala muito mais em ser feliz independente de como e onde você se encontra, ela fala sobre buscar a satisfação pessoal sem isso estar atrelado a satisfação financeira. 


"...Tanta alegria fez brilhar minha tês
Que arte é fazer parte, não ser dono
Nobreza mora em nóiz, não num trono
Logo, somos reis e rainhas, somos
Mesmo entre leis mesquinhas vamos
Gente, só é feliz
Quem realmente sabe, que a África não é um país
Esquece o que o livro diz, ele mente
Ligue a pele preta a um riso contente"



Passarinho a batida de reggae gostosa deixa um pouco distante da estrutura tradicional de rap, mas a música em si ficou gostosíssima de ouvir abrilhantada com a participação de Vanessa da Mata a música fala sobre a evolução do homem e o efeito que isso agrega a naturalidade. Sobre a aversão a liberdade que a sociedade está caminhando. 


"...Cidades são aldeias mortas
Desafio nonsense
Competição em vão que ninguém vence
Pense no formigueiro vai mal
Quando pessoas viram coisas
Cabeças viram degraus
No pé que as coisas vão jão, doideira
Daqui a pouco resta madeira nem pros caixão..." 

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